domingo, 13 de março de 2011

Pronta pra casar?

Eu? Logo eu que tenho o amor como abstração, como objeto de estudo mesmo, uma coisa distante da minha realidade (sem exageros!),  flagrei-me  pensando neste assunto madrugadas a fio nos últimos tempos.
Antes de expor minha opinião ou minha falta de opinião (rs) em relação a essa temática que acredito ser universal, é importante informar que minha referência de casamento é um tanto atípica. Apesar de crescer ouvindo sobre “o príncipe encantado” e assistir dos mais variados filmes água-com-açúcar sempre com o mesmo fim romanesco, todo mundo muito feliz com o final feliz. Eu não! Nunca sonhei com o príncipe encantado, pelo menos não até ontem.
 Na minha quase oculta verdade, eu até que admiro as garotas que constroem toda uma vida a dois, que se entregam, por livre e espontânea vontade, a ideia do casamento, sonham com uma “casinha pra limpar”, em perpetuar a espécie com inúmeros bacurizinhos que elas gastam nove meses pensando em como nomear, mesmo sabendo que só em situações extremas os chamarão pelos nomes.
Ultimamente, eu pensei muito nestas bravas garotas que sonham em serem futuras esposas, mulheres de alguém. Percebi o quanto elas são altruístas, abrem mão de sua liberdade e acreditam piamente que “liberdade é ter alguém a se prender”, abrem mão de seus sonhos para construir sonhos novos, nos quais o seu esposo também se faça presente, abrem mão de suas identidades, seus nomes, e nem se importam com isto. Pelo contrário, alimentam um certo orgulho ao ganhar o sobrenome do marido e ficam até lisonjeadas se são estereotipadas por epítetos quando alguém se referem a elas: “ Maria, a mulher de João” “Joana, a esposa de Pedro”.
O pior de tudo é ver que mesmo sendo verdadeiras mártires, elas estão muito felizes por serem assim (Morra aí!). Elas me parecem seguras, cheias de certezas de suas escolhas e sempre muito otimistas de que será para vida toda. A mais radical e insensível  das almas há de convir  com toda beleza que existe no ideal destas garotas: um ideal chamado casório.
Não! Definitivamente não! Não sou tão boa assim. Não estou pronta pra casar. Sou o exemplo de garota que não se entrega, numa versão mais egoísta que se tem notícia, covarde ao extremo, àquela que ainda não está disposta a abrir mão, não se inclina a ideia de sair da sua zona de conforto para  correr os riscos de uma vida a dois, um exemplo vivo disso é o fato dos meus  namoros terminarem antes mesmo de começarem... maaas, deixando minhas experiências amorosas de lado ou a inexistências delas (hehe),confesso que andei sonhando também...
Realmente, sonhei, talvez movida pela curiosidade de conhecer este famigerado sentimento  que é “um cuidar que se ganha em se perder”citado por Camões há zilhões de anos. No meu sonho, o príncipe era Vegeta (Pasmen! Ele mesmo! O vilão mal que virou o herói sarcástico de DBZ), a casa, um abrigo qualquer num outro planeta, e o meu casamento não teve cerimônia, nem pompa, na verdade, só nos unirmos perante a nós mesmos com a benção do nosso Deus. Vegeta,o marido de Renata, não ficava ao meu lado o tempo todo, mas se fazia sempre presente e quando estava presente, de fato, era explosão de... Aaaaaaaaaaah!Acordei! E cheguei à conclusão de que é lenda (minha adorável pró diria: B-A-L-E-L-A!) afirmar que é imparcial em relação ao objeto de estudo. Bah!

Maruja Renata Reis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Disse um monte de marujices num foi? Fique a vontade para marujear aqui também! :D